célia faustino - foto: biga appes
Santos tem sido palco de importantes acontecimentos culturais como o Festival Música Nova, Curta-Santos, Tarrafa Literária. Eventos que colocam nossa cidade em evidência no cenário mundial da arte. Temos tradição e vontade de continuar criando. A Bienal SESC de Dança é outro evento do qual podemos afirmar essa visibilidade. Hoje a arte se mostra contemporânea, buscando novos caminhos, novos olhares, gestos, misturando e recriando. A Bienal expressa muito bem esse preceito ao interagir com os espaços da cidade, levando ao público o que há de mais significativo na dança contemporânea, tangendo caminhos que nos remetem ao que somos e representamos no mundo. “Conexões” não poderia ser um tema mais oportuno, pois a arte sem a conectividade estaria fadada a mais profunda solidão. Promover o encontro de artistas de várias regiões do país e do exterior consolida a criação, fomenta a inspiração e promove valores importantíssimos e comumente esquecidos nesse tempo de hiper-conectividade virtual, o encontro e a amizade.
Santos acontece, pulsa, vibra e sementeia novas possibilidades para a arte, novas procuras, dúvidas. E não poderíamos estar melhores representados, pois o trabalho que no decorrer de longos anos vem se recriando na dança é digno de respeito. Uma tradição que remonta grupos como o Grupo Nascente, Oficina de Dança, Andara, Naturessência, Nuages, Zephyrum, Corpo Estável de Dança, entre outros. Assim vemos o respeito com o qual a Bienal trata nossos artistas, reconhecimento pelo longo caminho percorrido, muitas vezes árduo, mas sempre gratificante para aqueles que acreditam que ainda podemos mudar o mundo através da recriação pessoal. Célia Faustino e Rita Nascimento, ícones da dança em nossa região, apresentam seus trabalhos inspirados na gestualidade do novo, na procura incessante por outros caminhos, diferentes linguagens que convergem para suas pausas, mãos, rigores e liberdades.
“Repetição e / ou Transformação – farejando as pistas desse corpo-casa” de Célia Faustino, mostra a fragmentação do discurso existencial, a procura, a hesitação, a angústia da aprendizagem. Inspirado no universo anímico de Clarice Lispector, “É uma longa tessitura de gestos, ações, repetições, acelerações e desacelerações. Um sujeito em construção”, explica Célia. Marca também sua volta aos palcos, muito esperada e festejada por todos que acreditam na visceralidade e contundência da dança contemporânea. E o melhor, poderemos conferir seu trabalho no dia 04/11 (quarta-feira), as 18 hs, na Casa da Frontaria Azulejada e dia 08/11 (domingo), as 17:30 hs, na Pinacoteca Benedito Calixto. Caso chova, a apresentação na Pinacoteca será transferida para o SESC-Santos no mesmo dia e horário.
rita nascimento - foto: biga appes
Rita Nascimento, 25 anos dedicados à dança, integrante de grupos como o Corpo Estável de Dança e 12 anos desenvolvendo trabalho solo, apresentará “Faz de Conta que Ela Não Estava Chorando por Dentro…” – Espetáculo que circunda a literatura de Clarice Lispector e a arte de Frida Kahlo. “Esta é uma pesquisa onde a poética do movimento é construída por meio da articulação entre a dança e a literatura. A música é mais um elemento que estabelece relações com o corpo e a palavra.”, segundo Rita. Apresentações: 05/11 as 19:30 hs no Fosso do Teatro (SESC-Santos) e 07/11 as 17:30 na Pinacoteca Benedito Calixto.
Reconhecendo e valorizando nossa produção artística local, eventos como a Beinal SESC de Dança, comprovam a excelência da criatividade de nossos artistas e a felicidade do público.
REABILITANDO O BLOG E A ESCRITA
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Depois de tanto tempo ....
agradecida ao meu amigo Osváldii que reiniciou esse processo que é a
escrita.
Há uma semana
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