quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Sons e Olhos para Smetak

Concerto coletivo com o instrumento Jangau    Projeto explora o legado de Smetak
      Larissa de Oliveira - Diário da Região - São José do Rio Preto SP
       - 19/06/2015 

Com curadoria do músico Lívio Tragtenberg, o projeto reúne criações em torno da obra do inventor suíço-baiano Walter Smetak, conhecido por seus instrumentos inventados e as plásticas sonoras. Nos encontros serão apresentados diferentes aspectos da repercussão desse grande inventor nas novas gerações e na cultura brasileira.


Madeira, cabaça, pedras, cordas. Esses são alguns dos elementos que compõem o Jangau, um dos instrumentos do projeto "Sons e Olhos para Smetak", que estará amanhã e domingo, no Sesc Rio Preto. Com curadoria de Lívio Tragtenberg, o projeto reúne criações em torno da obra do suíço-baiano Walter Smetak, inventor de 150 instrumentos-esculturas.
De acordo com Tragtenberg, o objetivo do projeto é estimular a produção de música amadora. "Smetak dizia que não preciso ser músico profissional para fazer música. Basta ser curioso e ter um par de ouvidos. O objetivo é estimular que as pessoas produzam instrumento e música com o que têm em mãos."
Marcio BarretoOs músicos inventores Marcio Barreto...
Para estimular a interação do público, na tarde de sábado, o universo de Smetak e a produção de novos inventores serão apresentados na atividade "O Ovo de Smetak - Seis Modos Diferentes de se Intuir o Óbvio". "Serão apresentados instrumentos construídos por Marcio Barreto, Wellington Tibério e Marco Scarasatti. Todos eles têm como referência Smetak", explica o curador.
Depois, o público poderá conferir o que resulta da junção dos instrumentos inventados com os eletrônicos. E no domingo de manhã, o público poderá participar da criação de um instrumento. "Rio Preto tem excelentes construtores de instrumentos. Essa atividade é uma das mais interessantes, já que o público tem contato direto com a produção. 
Em oficinas assim que surgem os novos inventores de música", destaca Tragtenberg. À tarde, as pessoas poderão tocar o Jangau, o instrumento citado no começo do texto, que foi criado por Marco Scarasatti. Serão 30 vagas disponíveis. "Marco resumiu em um único instrumento tudo que Smetak deixou como ensinamento. O instrumento é um coletivo de outros instrumentos, como sopro, corda. 
Marco Scarasatti...e Marco Scarasatti
O interessante é que as pessoas vão tocando e vamos encontrando a música ou a sonoridade. É uma atividade que atrai crianças e adultos." O curador já desenvolveu outras oficinas em Rio Preto sobre trilha sonora e Smetak. "Já participei da abertura do Festival Internacional de Teatro, além de oficinas sobre trilha sonora para cinema. Já são 23 anos de relacionamento com Rio Preto."
Smetak
Nascido na Suíça, em 1913, Walter Smetak se mudou para o Brasil em 1937. Na Bahia, Smetak iniciou pesquisas microtonais em instrumentos musicais. Foi nessa época que ele começou a construir instrumentos com materiais inusitados, como tubos de PVC, cabaças e isopor. Violoncelista, compositor, escritor, escultor e construtor de instrumentos musicais, Smetak influenciou toda uma geração de músicos brasileiros, entre os quais Tom Zé, Gilberto Gil e Caetano Veloso. 
Programação
Sábado
  • 16h - Intervenção - “O Ovo de Smetak”, com o Coletivo Percutindo Mundos, na Comedoria 
  • 17h30 - Show - Lívio Tragtenberg e convidados, na Comedoria









Domingo
  • 10h às 12h - Oficina - Deriva Sonora, na Sala de Uso Múltiplo
  • 15h30 - Intervenção - Concerto Coletivo, na Comedoria
Mais informações na Central de Atendimento do Sesc, (17) 3216-9300

a mulher-peixe e o mar das desmemorias - Percutindo Mundos - Virada Cultural de São Paulo


A mulher-peixe e o mar das desmemorias

A investigação é uma trans paisagem lítero sonora corporal acerca da transformação, onde seus intérpretes-criadores movimentam-se por diferentes linguagens artísticas e camadas metanarrativas: vídeo, performance, música contemporânea, site specif, poética corporal, intertextualidade, música-cinema, dança e teatro, linguagens que se mesclam para criar uma realidade híbrida sobre o corpo, as percepções da realidade e do lugar que habitamos.



A tensão entre memória e desmemória é o ponto de partida para a criação em tempo real, onde o intérprete-criador cede à necessidade da mudança, do esquecimento, da desconstrução e do abandono através da plasticidade das linguagens, lugares e intenções por onde se processa o artesanal e o tecnológico.
A pesquisa/investigação é uma reflexão sobre a arte contemporânea caiçara e suas relações entre identidade, gênese e cultura: uma perspectiva de experimentação e ressignificação de processos criativos e colaborativos para a reinvenção de obras híbridas e pós-dramatúrgicas onde a linearidade é fragmentada e repetida através de micromodificações de texto /gesto / ambiência. Os personagens multiplicam-se e misturam-se através da contaminação dos intérpretes-criadores e dos lugares em que se dão a aleatoriedade, o movimento, o minimalismo, o erro, a contradição, o acidente e o absurdo. 
O processo busca um lugar de encontro entre a instabilidade e a experimentação, uma multidramaturgia do invisível e do esquecido frente à selvageria da contemporaneidade. Fotos Eric Soares e Eduardo Ferreira - Ferreira Filmes.


"A mulher-peixe e o mar das desmemorias" faz parte de "A mulher que voava com os peixes" - uma pesquisa desenvolvida pelo Coletivo Percutindo Mundos no projeto Ocupação#32 e Ocupação CorpoSubCorpo no SESC Santos, iniciada em agosto de 2014.
Direção e dramaturgia: Márcio Barreto
Intépretes-criadores: Célia Faustino, Denyse Di Favero, Érik Morais, Fernando Ramos, Galeno Malfatti, Guilherme Meduza, Manoel Pio, Márcio Barreto, Natalia Brescancini, Stéfanis Caiffo
21/06 | DOM | 16h
Cine Art Palacio
Av. São João, 419 - São Paulo































18° Sarau Caiçara



Com artistas convidados e palco aberto à participação do público, o Sarau propõe um diálogo de continuidade e reflexão entre o ancestral e o contemporâneo através do encontro entre o público, artistas e pesquisadores para celebrar e debater a cultura caiçara.

Em sua 18° edição o encontro homenagea o compositor Gilberto Mendes como patrono da cultura caiçara santista.

Com o Coletivo Percutindo Mundos, os poetas Flávio Viegas Amoreira, Marcelo Ariel, Cristiane Cambria, Robson Peres, José Victor Alves, Ricardo Rutigliano Roque, os músicos Paulo César Luz, Danilo Nunes, Rogério Baraquet, Jota Amaral, Rafael Palmieri , a pensadora Carol Carvalho e convidados. O Sarau é aberto a participação do público e conta com improvisação em dança.

O Sarau Caiçara integra as comemorações da "Semana da Cultura Caiçara" de Santos, faz parte do “Mapa Literário do Estado de São Paulo” e tem a curadoria e apresentação de Márcio Barreto.

18° Sarau Caiçara
14/06 | Domingo | 16h30
Pinacoteca Benedicto Calixto
Av. Bartolomeu de Gusmão, 15
Entrada Gratuita 

fotos Márcio BarretoCélia Faustino