terça-feira, 18 de maio de 2010



E assim
escondido no escuro de meus olhos abertos
absurdamente absorto em desenhos de desejos geométricos
em caleidoscópicos olhares de grãos de areia
...leio seus pensamentos...
e eles são como primeiras pessoas:

Se estivéssemos na chuva e ela automaticamente molhasse nosso corpo
Nu
no mundo despencariam gotas,
cachoeiras, cataratas, arranha-céus, elevadores, aviões, estrelas cadentes e verticalidades oblíquas por entre nossas indizíveis vontades

mas não! estamos vestidos e os índios de outrora se consomem em coca
calçam tênis importados e dirigem carros apertados
enquanto garotas maquiladas com suas mini-saias e saltos altos tiram fotos pelos lobbys dos hotéis
esquecidas de suas mentiras e vidas passadas

descoberto no claro absurdo de nossas mãos entrelaçadas
beijo-lhe

2 comentários:

Tatiani Távora disse...

pois é, esse universo novo nos trouxe novidades que parecem entorpecentes, às vezes acho mesmo q nos transformamos em seres 'esquecentes'. Do calor, do amor, da cor de antes.

Projeto Arte e Meio Ambiente disse...

esqueçamos para lembrar o novo...