“O
Invisível – poéticas para encontros, desencontros e outras impermanências” é um
processo de pesquisa sobre as relações entre tempo, espaço e alteridade. O
lugar visto como espaço criativo e simbiótico estruturando-se a partir de
permanências instantâneas e habitações momentâneas. O movimento como dinâmica
para o não-lugar, a identidade em estado de reinvenção e a realidade subvertida
a partir do contato e da inter-conexão entre o espaço, o tempo e o corpo.
Como
paisagem temática a impermanência do tempo e o hábito de ocupar-se do não-ser,
os afetos invisíveis que eclodem em pequenos gestos, sons, palavras e se
eternizam entre o acabar e o não ter fim. A vida adiada pelo cotidiano, a
identidade trocada por máscaras de ideais auto-suficientes, a afetividade
substituída pela liquidez do tempo, do espaço e das convenções. Através da obra
dos escritores Madô Martins (“Perda & Danos” – Edições Caiçaras, 2012) e
Márcio Barreto (“Mundocorpo” – Edições Caiçaras, 2012) os intérpretes-criadores
instauram composições a partir do eixo espaço-tempo onde os espectadores,
entrelaçados pela zona dramatúrgica, movem-se a partir de suas leituras
individuais sobre os materiais cênicos apresentados: a literatura, a dança e a
música.
A
pesquisa tem como base reflexões acerca da identidade cultural caiçara, o que
situa a criação dentro de uma esfera conceitual de processo onde a
ancestralidade e a contemporaneidade, assim como o local e o universal são
vistos como zonas proximais de ressignificação metalinguística. O processo
criativo, como imagética genesíaca, desdobra-se em releituras identitárias que
situam o invisível dentro da ficção social do espaço conduzido pelo discurso
poético corporal; a reinterpretação do passado como agente transformador do
presente através do inconsciente coletivo, suas memórias, tradições, nomadismos
e hibridismos. O corpo visto como palavra, lugar, literatura, memória, solidão,
música e afetividade.
FICHA TÉCNICA
Detalhamento: Composição
Urbana de Improvisação em Dança, Música e Literatura
Nome: O Invisível – poéticas para encontros,
desencontros e outras impermanências”
Nome do grupo:
Núcleo de Pesquisa do Movimento -
Concepção e direção: Célia
Faustino, Márcio Barreto
Intérpretes-criadores
E Músicos: Célia
Faustino, Márcio Barreto
Criação sonora: Percutindo
Mundos
Figurino: Núcleo de
Pesquisa do Movimento
Fotografia: Christina Amorim
Duração: 20
minutos
Apoio: Espaço
de Consciência Corporal Célia Faustino, Percutindo Mundos, Projeto Canoa,
Instituto Ocanoa.
CONCEPÇÃO E DIREÇÃO
Célia Faustino - formada em Ballet Clássico pela Escola
Municipal de Ballet em Santos (1972 a
1980). Formada em Ballet
Clássico pela Royal Academy of Dancing (1980 a 1985). Especialização em Dança Moderna nas técnicas
Grahan e Limón (1986 a
1988). Especialização em
Consciência Corporal com Klauss Vianna (1988 a 1990). Cursou aulas de New
Dance e Contato Improvisação (1990 a
1996). Formada pela Escola Brasileira de Eutonia (1998 a 2001). Formada pela Escola do
Movimento Ivaldo Bertazzo (2005 a
2006). Professora de técnica de dança na Faculdade de Artes Cênicas CARMO (1985
a 1986). Professora de Dança Moderna na Faculdade de Dança UNIMES (1988 A 1996). Professora de Dança
Expressiva, Alongamento e Eutonia no SESC/Santos (1988 a 2002). Bailarina do
Corpo Estável de Dança da Secretária de Cultura de Santos (1992 a 1994).
Iniciou carreira solo como intérprete-criadora em 1994. Participou de três
Bienais de Dança no SESC / Santos. Atualmente é diretora do Espaço de
Consciência Corporal Célia Faustino. É integrante do grupo experimental de
música contemporânea caiçara “Percutindo Mundos”, do Núcleo de pesquisa do
Movimento e do Imaginário Coletivo de Arte.
Márcio Barreto nasceu em 10 de maio de
1970, em Santos /SP. Dramaturgo, diretor e ator: Fundador e diretor do grupo
Teatro Canoa e Imaginário Coletivo de Arte. Dirige, atua e assina a dramaturgia
de “Atro Coração” (Teatro Canoa) e “Ácidos Trópicos – uma livre criação sobre a
obra de Gilberto Mendes” (Imaginário Coletivo de Arte). Atuou em “Poetar
Acordar para o Sol” (direção Douglas Gonçalves), “O Guará do Lago Encantado
(grupo TVG, direção Paulo Maurício),” Tem Cupim na Torre da Igreja “(grupo TVG, direção Paulo Maurício), “Perto de Lugar
Nenhum” (Kabuk, direção Egbert Mesquita). Atuou no filme “Amanhã Nunca Mais” do
diretor Tadeu Jungle e na minissérie da Globo “Amor em Quatro Atos” .
Assistente de Direção e diretor de núcleo na “ Encenação da Fundação da Vila de São Vicente 2012”.
Intérprete-criador e um dos diretores / fundadores do Núcleo de Pesquisa do
Movimento – Imaginário Coletivo de Arte. Atua em “Homo ludens – fluxos, lugares
e imprevisibilidades ”, “Exílios: cartas
ao vento” com Célia Faustino, “Um a Um”- espetáculo fruto da residência com o
grupo Lês Ballets C de la B (Bélgica) e
em diversas intervenções no espaço público. Vídeo-cineasta: “Totem – o universo
por debaixo da pele” (média metragem) e inúmeros curtas na Internet. Artista
circense formado pela Escola Livre de Circo (Oficina Cultural Regional Pagu –
Santos /SP) em acrobacias aéreas, atuou nos espetáculos “Marcas de Plínio” e
“Pagu”. Músico: fundador do grupo experimental “Percutindo Mundos”. Compositor
e multi-instrumentista (rabeca, flauta doce e contralto, clarinete, acordeom,
teclado, escaleta, violão, banjo e percussão). Luthier: criador dos
instrumentos quimbau, trimbau, tum, flauta smetakiana, adufo calunga.
Fotógrafo: exposições na Pinacoteca Benedito Calixto (Santos /SP), Casa da
Cultura de Paraty (Paraty /RJ) e Parque Cultural Vila de São Vicente (São
Vicente /SP). Editor da Edições
Caiçaras, editora artesanal. Escritor: Totem (romance), O Novo em Folha
(poesia), O Ser e o Pensamento (filosofia), Atro Coração (teatro), Nietszche –
ou do que é feito o arco dos violinos (poesia), Ácidos Trópicos – uma livre
criação sobre a obra de Gilberto Mendes (teatro), Wisnikianas – visões
antropofágicas na ilha de São Vicente (teatro). Pesquisador da Cultura Caiçara:
“O Brasil Caiçara – uma outra abordagem sobre a gênese da identidade
brasileira” (palestras na UNESP – São Vicente /SP, USP – São Paulo /SP, Casa da
Cultura de Paraty – Paraty /RJ e Oficina Regional Pagu – Santos /SP). Produtor Cultural: Organizador do “Sarau
Caiçara – Pinacoteca Benedito Calixto” (Mapa Literário do Estado de São Paulo)
e de Encontros Regionais de Cultura Caiçara realizados em São Vicente, Santos e
Paraty. Curador e organizador da Mostra de Arte Contemporânea Caiçara - Santos
/SP, Itinerâncias – Paraty /RJ, Virada Caiçara – São Vicente /SP e Vitrine
Literária – SESC Santos.
HISTÓRICO DO GRUPO
O
“Núcleo de Pesquisa do Movimento - Imaginário Coletivo de Arte” agrega artistas
do litoral paulista em suas diferentes linguagens e tem como proposta
fortalecer e propagar a “Arte Contemporânea Caiçara”, valorizando nossas raízes
e misturando-as à contemporaneidade. Formado em fevereiro de 2011, é resultado
de anos de pesquisas desenvolvidas em diferentes áreas que culminaram na busca
de uma nova sintaxe através da reflexão sobre os processos criativos na Arte
Contemporânea Caiçara.
Seus
integrantes convergem da dança, eutonia, teatro, circo, música, literatura,
filosofia e artes visuais. Estão diretamente ligados a experimentação através
de núcleos de pesquisas desenvolvidos no grupo Percutindo Mundos – música
contemporânea caiçara (2008), Grupo de Câmara Quatro Quartos, Núcleo de
Pesquisa do Movimento - dança contemporânea (2011), Espaço de Consciência
Corporal Célia Faustino - eutonia (2003), na Cia. Etra de Dança Contemporânea
(2001) e no Projeto Canoa e Instituto Ocanoa – pesquisa da Cultura Caiçara
(2007).
Ao
longo do tempo realizou encontros, oficinas e palestras, tais como o
"Sarau Caiçara" - Pinacoteca Benedito Calixto - Santos /SP, "Mostra
de Arte Contemporânea Caiçara" - Casa da Frontaria Azulejada - Santos/SP,
"Itinerâncias - Encontros Caiçaras" - Casa da Cultura de Paraty -
Paraty /RJ, "Sarau Filosófico" - SESC Santos - Santos /SP,
"Virada Caiçara" - São Vicente /SP e Vitrine Literária - SESC Santos
- Santos /SP.
Seus
trabalhos participaram da Bienal de Dança do SESC 2011, Virada Cultural 2010 e
2011, Cultura Livre SP 2012, Circuito Vozes do Corpo 2012.
Em seu
repertório constam os seguintes trabalhos:
HOMO LUDENS - fluxos, lugares
e imprevisibilidades
dança contemporânea
O jogo da improvisação na dança e
na música é o ponto de partida para a criação de intervenções urbanas. Os
gestos instigam um novo olhar sobre a paisagem, os movimentos dos intérpretes
no ambiente quebram a rotina e conduzem a uma reflexão sobre a transformação do
espaço.
Núcleo de Pesquisa do Movimento Imaginário Coletivo de Arte
Concepção e direção: Célia
Faustino, Edvan Monteiro, Márcio Barreto
Intérpretes-criadores: Célia
Faustino, Edvan Monteiro, Flávia Sá,
Jean Ferreira, Márcio Barreto.
Criação sonora: Percutindo Mundos
Músicos: Márcio Barreto,Tarso
Ramos, Alessandro Atanes,
Figurino: Núcleo de Pesquisa do
Movimento Imaginário Coletivo de Arte
Fotografia: Christina Amorim
Duração: 20 minutos
ÁCIDOS TRÓPICOS - uma livre criação sobre a obra de
Gilberto Mendes
música-teatro
música-teatro
Ácidos Trópicos é a possibilidade
de criar inspirado no vasto universo sonoro de Gilberto Mendes, responsável
pela renovação da música erudita. Através da música-teatro gilbertiana e seus
desdobramentos, Ácidos Trópicos nos leva a um mundo imaginário onde a fantasia
se corporifica em obra, tecendo releituras sobre a música erudita, experimental
e popular, unindo-as à literatura, dança, cinema e teatro."
No elenco: Márcio Barreto, Célia
Faustino, Jean Ferreira, Tarso Ramos, Alessandro Atanes, Flávia Sá, Edvan
Monteiro.
Concepção, Dramaturgia e Direção: Márcio Barreto
Assistente de Direção: Célia Faustino
Direção Musical: Percutindo Mundos
Fotografia e Vídeo: Alex Hermes, Edvan Monteiro, Denise Rodrigues, Christina Amorim
Criação de Vídeos: Márcio Barreto, Edvan Monteiro
Assistente de Direção: Célia Faustino
Direção Musical: Percutindo Mundos
Fotografia e Vídeo: Alex Hermes, Edvan Monteiro, Denise Rodrigues, Christina Amorim
Criação de Vídeos: Márcio Barreto, Edvan Monteiro
ATRO CORAÇÃO - uma livre adaptação sobre os limites do
amor
teatro
teatro
Um retrato do amor que mistura os
textos Romeu e Julieta e Otelo (Shakespeare), Lua na Sarjeta (David Goodis) e
partes dos filmes O Colecionador (baseado na obra de John Fowles) e Cenas de um
Casamento (Ingmar Bergman). Assim é Atro Coração - peça que coloca dois
personagens míticos em uma situação limite: Lilith após ser expulsa do paraíso
invade os sonhos do anjo Gabriel e o seduz. Para puní-los Deus os lança à Terra
como homem e mulher. Destituídos de suas memórias vagam separados até que o
acaso os une novamente. De um lado o amor não correspondido, do outro o amor
que nasce do medo da morte. Uma história que nos faz pensar que não importa o
que é o amor, mas o que fazemos com ele. No elenco Christy-Ane Amici e Márcio
Barreto que também assina a dramaturgia e a direção. A trilha sonora é composta
e executada ao vivo pelo grupo Percutindo Mundos e conta com tradução em
libras. Duração: 50 minutos
PERCUTINDO MUNDOS - Universo em Gentileza
música
Com a apresentação "Universo em Gentileza" Percutindo Mundos celebra o Universo do Profeta Gentileza através da música, literatura e dança. Um convite à reflexão sobre o respeito, amor, cordialidade, simplicidade, gratidão, desapego, comunhão e afetividade.
Percutindo Mundos - tem sua criação voltada a ressignificação de identidades culturais, unindo o ancestral caiçara ao contemporâneo através da literatura, filosofia, dança e artes visuais. Suas paisagens sonoras remetem à influência das culturas indígena brasileira, portuguesa e africana misturadas à urbanidade e ao cosmopolitismo. Sua música é caracteriza pela harmonia dos timbres, o minimalismo, a aleatoriedade e a melodia percussiva. A apresentação é marcada pela criatividade, misturando linguagens e provocando reflexões. Instrumentação : percussão, clarinete, flauta, djeridoo, escaleta, violão, quimbau, rabeca, banjo, teclado, berimbau, theremin, viola erudita, baixo acústico. Duração: 01 hora
Com a apresentação "Universo em Gentileza" Percutindo Mundos celebra o Universo do Profeta Gentileza através da música, literatura e dança. Um convite à reflexão sobre o respeito, amor, cordialidade, simplicidade, gratidão, desapego, comunhão e afetividade.
Percutindo Mundos - tem sua criação voltada a ressignificação de identidades culturais, unindo o ancestral caiçara ao contemporâneo através da literatura, filosofia, dança e artes visuais. Suas paisagens sonoras remetem à influência das culturas indígena brasileira, portuguesa e africana misturadas à urbanidade e ao cosmopolitismo. Sua música é caracteriza pela harmonia dos timbres, o minimalismo, a aleatoriedade e a melodia percussiva. A apresentação é marcada pela criatividade, misturando linguagens e provocando reflexões. Instrumentação : percussão, clarinete, flauta, djeridoo, escaleta, violão, quimbau, rabeca, banjo, teclado, berimbau, theremin, viola erudita, baixo acústico. Duração: 01 hora
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