Com aula aberta e intervenção artística, o grupo Percutindo Mundos se apresentará na OCR Candido Portibari em Ribeirão Preto no dia 10/11 das 10 as 13h.
O projeto sintetiza as pesquisas desenvolvidas pelo grupo sobre a genealogia caiçara
para a formação do povo brasileiro através de sua história, ocupação
geográfica e expressões culturais. Uma reflexão sobre as contribuições da cultura indígena, européia e africana na construção da identidade caiçara e brasileira.
Aula aberta: A Arte contemporânea caiçara – genealogia para um novo Brasil
Através de vivências em música, literatura, teatro, dança e artes
visuais o público é convidado a refletir sobre identidade cultural,
suas origens, miscigenações, hibridismos e nomadismos na Arte
Contemporânea Caiçara. Com intervenções estético-expressivas a
oficina abre caminhos para a percepção do minimalismo sonoro, a música
que surge do barulho, da imagem, do silêncio, da literatura e do gesto
em experimentações sinestésicas.
Intervenção Artística: Percutindo Mundos – Mundocorpo
"Mundocorpo"
é uma reflexão sobre o universo da música, dança e literatura através
das relações do corpo com o mundo que o circunda. A apresentação poética
é inspirada no livro homônimo de Márcio Barreto (São Vicente: Edições Caiçaras,
2012).
Mundocorpo
Mundocorpo
Meu corpo é minha pele
São minhas roupas
É minha casa
É o mundo que me rodeia
Meu corpo é silêncio
É a pele de outro corpo
As roupas de outro corpo
A casa de outro corpo
O mundo de outro corpo
Meu corpo é eternidade
É o universo nascendo a cada instante
Meu corpo é uma palavra que escrevo no espaço-tempo do seu pensamento
Todas as músicas são autorais. Com Márcio Barreto (voz, percussão, cordas, teclados e sopro), Célia Faustino (voz, percussão e dança), Jean Ferreira (voz, percussão, sopro e dança), Felipe Faustino (percussão), Bira Aljahara (voz, violão e percussão), Robson Peres (viola erudita e voz) e Bruno Davoglio (baixo acústico).
Sobre Percutindo Mundos
Formado
em janeiro de 2008, o grupo tem se apresentado regularmente desde
agosto de 2011 no SESC Bertioga com os espetáculos Universo em
Movimento, Universo em Gentileza, Percutindo o Samba e Mundocorpo, além
de se apresentar em São Paulo e Rio de Janeiro em vários lugares e
eventos diferentes, tais como: 30 anos do Lira Paulistana (FUNARTE - 2 010), Bienal de Dança do SESC (2011), Cultura Livre SP e III Circuito Vozes do Corpo
(direção e concepção musical do espetáculo "Homo Ludens" - dança
contemporânea - 2012), Virada Cultural e Virada Cultural Paulista (2009, 2010 e 2011), Itinerâncias e Cine Clube Paraty (Casa da Cultura de Paraty /RJ - 2008 e 2011). O grupo está diretamente ligado a criação e realização dos
eventosculturais: Sarau Caiçara - Pinacoteca Benedito Calixto, Museu de
Pesca e Vila de São Vicente (12 edições), I e II Mostra de Arte
Contemporânea Caiçara (Casa da Frontaria Azulejada), Virada Caiçara (São
Vicente), Encontro de Cultura Caiçara - Vila de São Vicente e
Pinacoteca Benedito Calixto (3 edições), Itinerâncias - Encontro de
Cultura Caiçara São Vicente Paraty (Casa da Cultura de Paraty /RJ). Em sua obra ressalta-se a harmonia dos timbres mais do que a harmonia
das notas, expressando a música em livres associações e experimentações.
Sua diversidade instrumental e a criação de novos instrumentos e de
técnicas diferenciadas de uso, assim como a percussão corporal e vocal,
possibilitam uma tessitura que remete ao imagético das florestas, vilas,
centros cosmopolitas, e da relação do homem com o mar e o universo. Uma
música que sintetiza a gênese caiçara, ancestral, mistura dos traços da
cultura indígena, portuguesa e africana. Seu
minimalismo difere do convencional na medida em que não utiliza as
longas repetições em série ou a estaticidade, mas faz da repetição uma
possibilidade de mudança na medida em que transfere os sons para timbres
diferentes, desconstruindo as células rítmicas e alterando
cadências e andamentos em formas melódicas. Aproxima-se mais do
minimalismo literário, onde a economia das palavras possibilita a
contextualização e permite a livre significação. É uma música que sugere
ambiências, que trabalha a sinestesia das imagens e dos timbres. Encontra-se
fortemente ligada à literatura, onde as letras de suas músicas são
textos literários expressos através da música falada ou de melodias
valorizando a palavra em sua profundidade, densidade e simplicidade.
Outra característica é a aleatoriedade,
compreendida como o elemento vivo da música, está estruturada na
mistura da composição com o improviso (aleatoriedade limitada), e na
“música livre”, processo onde o público é convidado a improvisar
aleatoriamente com os músicos. Uma música que se transforma a cada execução.
AULA ABERTA: A ARTE
CONTEMPORANEA CAIÇARA – GENEALOGIA PARA UM NOVO BRASIL
ESPETÁCULO:
PERCUTINDO MUNDOS - MUNDOCORPO
Coordenação: Marcio Barreto
10/11 – sábado – 10h às 13h
Público: profissionais e estudantes de Artes Cênicas
Inscrições: 1/10 a 8/11
Seleção: primeiros inscritos
100
vagas
OCR CAndido Portinari
Ribierão Preto /SP
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