terça-feira, 7 de maio de 2013

Raias Poéticas - Brasil / Portugal - SESC Santos

O "Raias Poéticas", encontro de arte e pensamento realizado anualmente em Vila Nova de Famalicão (Portugal), reúne escritores e artistas da América Latina, África e Portugal. Luis Serguilha, idealizador e curador da edição européia, é um importante pesquisador da literatura em lingua portuguesa, tendo publicado diversos escritores brasileiros em Portugal através da Editora Cosmorama.

A edição brasileira contará com Luis Serguilha e Jorge Melícias (Portugal) e os escritores brasileiros José Miguel Wisnik, Gilberto Mendes (também compositor), Flávio Viegas Amoreira e Marcelo Ariel. A curadoria e mediação é do escritor e editor Márcio Barreto e a realização é do SESC Santos com apoio da "Edições Caiçaras" e do "Imaginário Coletivo de Arte".

Na ocasião serão lançados livros dos autores que servirão de base para debates sobre arte, identidade cultural e contemporaneidade.

Segundo Márcio Barreto - curador da edição brasileira " o Raias Poéticas celebra o rico momento da literatura contemporânea, onde as relações intersemióticas se fazem cada vez mais presentes através de obras que misturam linguagens e fontes diversas".


PROGRAMAÇÃO

10/05 - sexta

20h – Dobras do Pensamento

Desterritorialização poética
a identidade cultural contemporânea nas obras

“Anga ibiisi” (poesia) – Luis Serguilha (Portugal)
"Excídios" - Jorge Melícias (Portugal)
“Teatrofantasma: O Doutor Imponderável contra o onirismo groove” (romance) – Marcelo Ariel

Mediação: Márcio Barreto


12/05 - domingo

17h – Dobras do Pensamento

Interconexões
a literatura e sua relação com outras linguagens nas obras

"Veneno Remédio" (ensaio) - José Miguel Wisnik,
"Danielle em surdina, langsam" (romance) - Gilberto Mendes 
"Perto do mar" (poesia) - Flávio Viegas Amoreira.

Mediação: Márcio Barreto


Raias Poéticas - Brasil / Portugal
10/05 as 20h | 12/05 as 17h
SESC Santos
Av. Conselheiro Ribas, 136
Santos /SP

Obras abordadas:


"Danielle em surdina, langsam" - Gilberto Mendes (Ed. Algol)


"DANIELLE em surdina,langsam"
, primeira obra de ficção do maestro Gilberto Mendes. Além de memorialista, é considerado o mais importante compositor erudito brasileiro contemporâneo. Com um estilo de raro virtuosismo, o recém nonagenário músico nos dá um belíssimo painel de sua juventude com atmosfera de primorosa sofisticação ao tratar de temas como o amor em tempos turbulentos entrecortados de evocações preciosas da Alta Cultura. 

Com introdução do escritor Flávio Viegas Amoreira, o genial compositor alinha como um Goethe no conteúdo e Cortázar na atualíssima construção de sua narrativa, um painel cosmopolita dum amor que atravessa quase sete décadas entre o mítico porto de Santos e recônditas paisagens germânicas. Tudo embalado por uma aura de "Film noir" e transmodernidade.

Artista múltiplo, agora Mendes vence novo desafio pós-vanguardista: a atemporalidade de sua literatura carregada de intertextualidade como um caleidoscópio cultural do mundo que ele viveu para musicar e contar.






Gilberto Mendes - Compositor paulista (13/10/1922-). Um dos pioneiros da música experimental aleatória e do teatro musical no Brasil. Gilberto Ambrósio Garcia Mendes nasce em Santos, estuda música com Claudio Santoro e Olivier Toni. No início da carreira adota o nacionalismo musical e utiliza o folclore como base para o trabalho de composição. Mais tarde se dedica apenas à pesquisa musical de vanguarda.

Viaja nos anos 50 para a Alemanha, onde estuda composição. Tem aulas com Pierre Boulez e Karlheinz Stockhausen. De volta ao Brasil, realiza em 1962 o Festival Música Nova. Em 1980 passa a ser professor do departamento de música da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Entre suas peças se destacam Nasce-Morre, música aleatória feita com texto de poesia concreta de Haroldo de Campos, Beba Coca-Cola, música para coral com texto de poesia concreta de Décio Pignatari, e Ulisses em Copacabana.
Faz também trabalhos audiovisuais, como Cidade. Sua produção mais recente é influenciada pela tendência da "nova consonância", que retoma características das músicas tonais e modais. Sua obra é executada com frequência nas principais cidades brasileiras e em eventos no exterior.
"DANIELLE em surdina,langsam" (novela)
Gilberto Mendes
Ed. Algol
Bate-papo
1205 | dom | 17h
Raias Poéticas
SESC Santos
Av. Conselheiro Ribas, 136
Santos / SP

"Veneno Remédio - o futebol e o Brasil" - José Miguel Wisnik (Companhia da Letras)

http://www.casacinepoa.com.br/sites/default/files/images/veneno_remedio.jpg

Os estudos de grande abrangência sobre o futebol, ao abordar as questões políticas, sociais, econômicas e comportamentais em torno do esporte, costumam deixar de lado o essencial: o jogo em si, aquilo que faz dele uma atividade capaz de apaixonar bilhões de pessoas dos mais remotos cantos do mundo.
O futebol, tal como foi incorporado e praticamente reinventado no Brasil, tem muito a dizer, com sua linguagem não-verbal, sobre algumas de nossas forças e fraquezas mais profundas, ajudando a ver sob outra luz questões centrais da nossa formação e identidade.
Temas recorrentes na melhor ensaística brasileira, como a "democracia racial", o "homem cordial" e a deglutição antropofágica do influxo cultural estrangeiro, encontram aqui um viés inesperado e original como um corta-luz, um drible de corpo, um lançamento com efeito ou uma folha-seca - jogadas que os craques brasileiros inventaram ou desenvolveram, encontrando novos caminhos para chegar ao gol e à vitória.
Lançando mão de um sofisticado instrumental crítico que bebe na filosofia, na sociologia, na psicanálise e na crítica estética, José Miguel Wisnik desce às minúcias do jogo da bola e de sua evolução ao longo das décadas. Nas páginas deste ensaio, craques como Domingos da Guia, Pelé, Garrincha e Romário põem à prova, com sua linguagem não-verbal, idéias sobre o país de escritores como Machado de Assis, Mário e Oswald de Andrade, sociólogos como Gilberto Freyre, historiadores como Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior.
O futebol, em Veneno remédio, não é mero "reflexo" da sociedade, mas tampouco se desenvolve à margem dela. É, como mostra Wisnik, uma instância em que as linhas de força e de fuga do embate social e da construção do imaginário se apresentam de modo ao mesmo tempo claro e cifrado, como costuma acontecer com as expressões artísticas. (Companhia das Letras)


José Miguel Wisnik (Foto: Bob Paulino)
foto: Bob Paulino

José Miguel Wisnik
- compositor. Cantor. Pianista. Ensaísta. Professor de Literatura Brasileira da USP. Estudou piano clássico no Conservatório de São Vicente, aperfeiçoando-se em concertos com o Maestro Souza Lima. Em 1966, apresentou-se como solista da Orquestra Sinfônica de São Paulo, executando o "Concerto nº 2", de Camille Saint-Saens. No ano seguinte, ingressou no curso de Letras da Universidade de São Paulo (USP) e começou a compor. A partir de 1973, passou a lecionar Literatura Brasileira, no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. No ano seguinte, obteve o mestrado na área de Teoria Literária, pela USP, apresentando a dissertação "A música em torno da Semana de Arte Moderna". De 1976 a 1980, atuou como docente de Teoria Literária, no Departamento de Teoria Literária do Instituto de Estudos da Linguagem/UNICAMP. Em 1980, obteve o doutorado na área de Teoria Literária, também pela Universidade de São Paulo, defendendo a tese "Dança dramática - poesia/música brasileira". Publicou vários trabalhos sobre música e literatura: "O coro dos contrários: a música em torno da semana de 22" (1977, Duas cidades/SP), contemplado com o Prêmio Jabuti, conferido pela Câmara Brasileira do Livro, na categoria Revelação de Autor; "Anos 70/Música popular", em colaboração com Ana Maria Bahiana e Margarida Autran (1978); "O som e o sentido: uma outra história das músicas" (1989, Companhia das Letras/ SP), entre outros. É autor de inúmeros ensaios, como "Algumas questões de música e política no Brasil", em "Cultura brasileira - temas e situações", organizado por Alfredo Bosi, (1987, Ática, SP); "Letras, músicas e acordes cifrados", em "Songbook Caetano Veloso" (1993, Lumiar, RJ); "O dom da ilusão", em "Gilberto Gil - todas as letras", organizado por Carlos Rennó, (1996, Companhia das Letras, SP); "Música/Brasil", em "Brasil em foco", CD- Rom (Ministério das Relações Exteriores/Editora Terceiro Nome/Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica da USP); e "O artista e o tempo", em "Songbook Chico Buarque", vol. 2, (1999, Lumiar, RJ), entre outros. Em 2011, fez aula-show, ao lado da cantora Eveline Hecker, na Casa do Saber (RJ).

"Veneno Remédio - o futebol e o Brasil" (ensaio)
José Miguel Wisnik
Companhia das Letras
Bate-papo
1205 | dom | 17h
Raias Poéticas
SESC Santos
Av. Conselheiro Ribas, 136
Santos / SP

LANÇAMENTO E BATE-PAPO

ANGA IBIISI - Luis Serguilha (Edições Caiçaras)

 O poeta e ensaísta português Luis Serguilha lança em maio o livro "Anga ibiisi" pela "Edições Caiçaras".
 
A obra é uma reunião poética da escrita labiríntica e fragmentada do autor, onde a palavra estilhaça seus  significados conduzindo-nos a um novo mundo semântico de possibilidades. Traduzido para diversos idiomas como o francês, inglês e alemão, sua obra é parte fundamental da literatura contemporânea, elevando-a a novos patamares de construção e ressignificação. Ensaísta, é responsável por uma coleção de poesia contemporânea brasileira na Editora Cosmorama (Portugal). 
"Anga ibiisi" será lançado em 10 de maio no SESC Santos dentro da programação do "Raias Poéticas", encontro ibero-afro-americano de literatura portuguesa que acontece anualmente em Vila Nova de Famalicão (Portugal) e este ano terá a primeira edição no Brasil.



LUIS SERGUILHA nasceu em Vila Nova de Famalicão, Portugal. Distinguiu-se em várias áreas, tendo atuado como coordenador de uma academia de motricidade-humana, colaborador em pesquisa arqueológica da época castreja, dinamizador de bibliotecas de jardim. Poeta, crítico e ensaísta, suas obras são: O périplo do cacho (1998), O outro (1999), Lorosa´e Boca de sândalo (2001), O externo tatuado da visão (2002), O murmúrio livre do pássaro (2003), Embarcações (2004), A singradura do capinador (2005), Hangares do vendaval (2007), As processionárias (2008), Roberto Piva e Francisco dos Santos: na sacralidade do deserto, na autofagia idiomática-pictórica, no êxtase místico e na violenta condição humana (2008), KORSO (2010), KOA'E(2011), Khamsin-Morteratsch( 2011) estes cinco últimos em edições brasileiras. Seu livro de prosa - Entre nós - é de 2000, ano em que recebeu o Prêmio de Literatura Poeta Júlio Brandão. Possui textos publicados em diversas revistas de literatura no Brasil, na Espanha e em Portugal. Alguns dos seus textos foram traduzidos para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão e catalão. Participou em vários encontros internacionais de arte e literatura. EXPERIMENTADOR das LEITURAS POÉTICAS-METAMÓRFICAS-LAHARS. É responsável por uma coleção de poesia contemporânea brasileira na Editora Cosmorama e Curador do Encontro Internacional de Literatura e Arte: Portuguesia.
"Anga ibiisi" (poesia)
Luis Serguilha
Edições Caiçaras
Lançamento e bate-papo
10/05 | sex | 20h
Raias Poéticas
SESC Santos
Av. Conselheiro Ribas, 136
Santos / SP

excídio - Jorge Melícias (Edições Caiçaras)


O minimalismo, o movimento, a intensidade e a profundidade de sua poética fazem a linguagem implodir em um universo fragmentado pela violência do verbo. O livro é uma coletânea de suas obras, aberta ao leitor como verdadeiro testemunho de uma escrita que surpreende em cada palavra minucuiosamente escolhida para compor a densidade lapidar de realidades estilhaçadas, onde o confronto, o corpo em movimento e a imagética do medo procuram a unidade perdida, o todo fragmentado e redescoberto pelo crime da linguagem.

"excídio" será lançado em 10 de maio no SESC Santos dentro da programação do "Raias Poéticas", encontro ibero-afro-americano de literatura portuguesa que acontece anualmente em Vila Nova de Famalicão (Portugal) e este ano terá a primeira edição no Brasil.


"Um nervo arrebatado à exactidão.                              
Sobre ele edifico o método.                              
Há o propósito e o axioma implícito:
a queda não é interceptável.
Chega-se ao crime pelo exercício da evidência."
                               Jorge Melícias, Incubus, 2004  
 

















Jorge
Melícias - nasceu em 1970.  Autor dos seguintes livros de poesia: aqueles que incendeiam os telhados - 1996/1998 – (inédito); iniciação ao remorso (2004, 2ª ed., Cosmorama); a luz nos pulmões (2000, Quasi); o dom circunscrito (2003, Quasi); incŭbus (2004, Quasi); a longa blasfémia (2006, Objecto Cardíaco);  disrupção – 1998/2008 – (poesia reunida), (2009, Cosmorama) e felonia/agma (2013, Cosmorama/UC).Foi-lhe atribuída, ao longo do ano de 2002, uma bolsa pelo Ministério da Cultura e Instituto Português do Livro e das Bibliotecas da qual resultou o livro o dom circunscrito. Poemas seus encontram-se traduzidos para línguas como o espanhol, o inglês ou o servo-croata e publicados em várias revistas, nacionais e estrangeiras, como a Inimigo Rumor, A Confraria do Vento ou a Zunái (no Brasil), a 26, studies of poetry and poetics, ou a 2nd Mind, de São Francisco. Uma recolha de três dos seus livros, sob o título Disruption, saiu nos E.U.A, pela editora Durationpress, de Los Angeles. Um livro de ensaios sobre a sua poesia, intitulado  A Poesia do Excesso – rumo às vísceras de Jorge Melícias, foi editado em 2011, no Brasil, pela TodaPalavra Editora. Traduziu, entre outros, Saint-John Perse (Elogios, 2001, Quasi), Leopoldo María Panero (Poemas do Manicómio de Mondrágon, 2001, Alma Azul), Antonio Gamoneda (Ardem as Perdas, 2004, Quasi), Lautréamont (Cartas de Isidore Ducasse, 2006, Objecto Cardíaco), Baudelaire (Conselhos aos Jovens Literatos, 2006, Objecto Cardíaco), Pedro Marqués de Armas (Cabeças, 2007, Cosmorama), Miriam Reyes (Espelho Negro, 2008, Cosmorama) e uma antologia da Poesia Cubana Contemporânea (2009, Antígona). É um dos responsáveis pela editora Cosmorama/UC e dá aulas de Poética e Escrita Criativa.
"excídio" (poesia)
Jorge Melícias
Edições Caiçaras
Lançamento e bate-papo
10/05 | sex | 20h
Raias Poéticas
SESC Santos
Av. Conselheiro Ribas, 136
Santos / SP


Mar por Perto - Flávio Viegas Amoreira (Edições Caiçaras)


Com sua poesia oceânica Flávio Viegas Amoreira nos brinda com reflexões sobre a trasmodernidade própria de quem vive perto do mar, um misto de cosmopolitismo, erudição e sensibilidade. Prefaciado pelos escritores Chico Lopes,  Antonio Arruda, Renato Tardivo, Marcelo Ariel, Madô Martins, Fabiano Fernandes Garcez e Ademir Demarchi o livro é uma seleção de textos do autor reunidos pelo editor Márcio Barreto a partir de suas publicações em revistas literárias eletrônicas como "Cronópios",  "Meio Tom" e "Germina Literatura".


Flávio Viegas Amoreira - escritor, crítico literário e jornalista; já lançou dez livros entre poesia, contos e romance; colabora com diversos jornais, revistas literárias e sites especializados em Arte. Faz parte da denominada “Geração Zero Zero”, autores de vanguarda surgidos no começo do século. Foi traduzido e adotado por universidades européias e norte-americanas. Fundador com Gilberto Mendes do “Fórum Santos Cultural”, de resgate das tradições de vanguarda e cultura do Litoral Paulista e do “sentimento atlântico do mundo”.

"Mar por Perto" (poesia e prosa poética)
Flávio Viegas Amoreira
Edições Caiçaras
Lançamento e bate-papo
12/05 | dom | 17h
Raias Poéticas
SESC Santos
Av. Conselheiro Ribas, 136
Santos / SP

Teatrofantasma - Marcelo Ariel



TEATROFANTASMA - o Doutor Imponderável contra o onirismo groove

Uma seleção dos melhores textos do blog teatrofantasma de Marcelo Ariel, selecionados e reescritos pelo autor, é também um romance de idéias e um diário ontológico. O livro tem posfácio do Prof. Maurício Salles Vasconcelos (Livre docente do Departamento de Letras da Usp-Universidade de São Paulo).



" (...) Marcelo Ariel transpira uma autenticidade que nada tem a ver com sua origem social – e sim com o modo como responde ao massacre do mundo efetivo” - Manuel da Costa Pinto






 
Marcelo Ariel - Considerado um dos grandes poetas da nova geração da poesia brasileira, nascido em Santos (SP) em 1968, Marcelo Ariel estreiou na poesia com o livro Me enterrem com a minha Ar-15 (Dulcinéia Catadora, edição artesanal, 2007); depois lançou os livros Tratado dos Anjos Afogados (Letraselvagem, 2008)  e O céu no fundo do mar (Dulcinéia Catadora, edição artesanal 2009), pela Edições Caiçaras lançou Pequena Cartografia da Poesia Brasileira Contemporânea (2011). Poeta e dramartugo, Marcelo Ariel, é visto como poeta transgressor ao unir diversas camadas de linguagem do mundo pós-moderno à poesia.

Lançamento
"Teatrofantasma - o Doutor Imponderávelcontra o onirismo groove" (romance)
Marcelo Ariel
Edições Caiçaras
10/05 | sex | 20h
Raias Poéticas
SESC Santos
Av. Conselheiro Ribas, 136
Santos / SP

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