quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A mulher que voava com os peixes

A pesquisa parte de um estudo continuado sobre a identidade cultural caiçara, onde elementos ancestrais e contemporâneos se mesclam para a criação de um mito moderno representado por antagonismos presentes no cotidiano. Estados que transitam entre  o ir e o ficar, o habitar e o não-habitar, a identidade e a não-identidade.  A partir do mito da "terra sem mal" - de origem tupi-guarani, a pesquisa traça um paralelo entre a busca da felicidade, seus caminhos bifurcantes e o embate entre realidade e sonho.

O que gera neste corpo a interconexão desses elementos? Como é o gesto frente à memória que se perde? Qual movimento tem um corpo à medida em que a liberdade se esvai? Um corpo que habita uma sociedade profundamente organizada e automatizada pode acordar suas memórias e ressignifica-las? Para quê?

São essas perguntas que movem a pesquisa iniciada em trabalhos anteriores como "Homo Ludens - fluxos, lugares e imprevisibilidades" - selecionado para a Bienal SESC de Dança (2011), Cultura Livre SP (2012), 3º Circuito Vozes do Corpo  (2012), "O Jardim de Patrícia - estudos para o azul" apresentado na Pinacoteca Benedito Calixto e no SESC Santos (2013) e o video-dança "CTRL V - memórias do insondável" (2013).


Tentando responde-las através da reflexão e da experimentação com multi-linguagens (dança, música-cinema, vídeo e literatura), elegemos como elementos simbólicos alguns mitos, lendas  e  crenças ligados ao mar (Iemanjá,  Ipupiara, as sereias, a mulher-peixe) e aos rios (Iara, Oxum, Mãe d'Água), deste modo procuramos as relações entre esse imaginário coletivo e os objetos que o representam.

Pesquisadores:
Célia Faustino e Márcio Barreto

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