O Imaginário Coletivo de Arte agrega artistas do litoral paulista em suas diferentes linguagens e tem como proposta fortalecer e propagar a “Arte Contemporânea Caiçara”, valorizando nossas raízes e misturando-as à contemporaneidade.
O Núcleo de Pesquisa do Movimento - pertencente ao Imaginário Coletivo de Arte - formado em fevereiro de 2011, é resultado de anos de pesquisas desenvolvidas em diferentes áreas que culminaram na busca de uma nova sintaxe corporal, através da reflexão sobre os processos criativos na Arte Contemporânea Caiçara.
Seus integrantes convergem da dança, eutonia, teatro, circo, música e “Le Parkour”. Estão diretamente ligados a experimentação através de núcleos de pesquisas desenvolvidos no Espaço de Consciência Corporal Célia Faustino (2003), no grupo Percutindo Mundos – música contemporânea caiçara (2008), na Cia. Etra de Dança Contemporânea (2001) e no Projeto Canoa – pesquisa da Cultura Caiçara (2007).
A presente pesquisa tem como temas o improviso, a composição em tempo real, o movimento e não-movimento e o espaço como potencialidade de transformação. Une o pensamento ao corpo, a filosofia ao gesto e a emoção à pele. Assim a sintaxe corporal converge para o minimalismo, a aleatoriedade, a mistura entre a ancestralidade e a contemporaneidade, a miscigenação, o hibridismo, o nomadismo e as ressignificações da identidade cultural caiçara.
O processo criativo parte da discussão de conceitos filosóficos pertinentes à dança contemporânea, tais como as relações entre mente e corpo, a potencialidade do espaço e a relatividade do tempo em suas durações e velocidades.
A idéia é trazer a imprevisibilidade ao espaço, possibilitando alterações nas camadas do movimento e nas relações inter-pessoais através do jogo de improvisação e sua metalinguagem. O jogo não apenas como simulacro da realidade, mas como virtualização do real, entendendo-o na totalidade de suas figuras, símbolos e instrumentos necessários ao funcionamento desse conjunto complexo, associado às noções de abrangência, regra e liberdade. Um jogo que por si só é um universo onde cada qual precisa inventar e comunicar seu lugar. Onde a transcendência surge da quebra de suas regras.
Podemos citar a literatura de Cortázar que se apresenta como um escritor cujo jogo permeia toda a sua obra. É através do jogo que se dá a abertura para zonas inexploradas que levam à libertação, com a inversão da concepção de mundo real e fictício, ou seja, o mundo do homo sapiens mostra-se como uma ficção, enquanto que o mundo do homo ludens se apresenta como uma realidade mais profunda. Como assinala Arrigucci Jr. ( “O escorpião encalacrado. A poética da destruição em Julio Cortazar”, companhia das Letras, São Paulo - 2003), o autor aproxima-se da visão que tinha Schiller do lúdico como única forma de recuperar a plenitude do ser humano, no sentido transcendente do jogo como possibilidade de uma realidade integral.
“Homo Ludens – fluxos, lugares e imprevisibilidades” transpõe o universo do jogo de improvisação para as intervenções urbanas, onde o gesto e o movimento alteram o espaço em seu fluxo e significação, quebrando seus paradigmas e possibilitando novos olhares sobre o cotidiano. O lugar como dado aleatório e inseparável do universo de sensações despertadas pela sintaxe corporal e pela reflexão sobre nossa identidade coletiva. Poderemos esperar do óbvio o mistério?
Percutindo Mundos - Música Contemporânea Caiçara...
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