quarta-feira, 11 de maio de 2011

José Geraldo Neres - Os Espaços do Silêncio A Subversão da Realidade



PROJETO OUTRAS PALAVRAS

ONG TAMTAM

traz

José Geraldo Neres

e

OS ESPAÇOS DO SILÊNCIO – A SUBVERSÃO DA REALIDADE

24 de maio Terça 19h às 21h

Espaço Sociocultural ROLIDEI 3º Piso do Teatro Municipal Canal 1 Entrada Franca

As criações do público integrarão o II livro OUTRAS PALAVRAS


Workshop de práticas de criação literária (imagem poética = subversão da realidade).

Público Alvo: Professores, estudantes de letras, comunicação, jornalismo, publicidade e demais interessados na elaboração de textos, tendo como base autores da literatura brasileira contemporânea e mundial.


Objetivos:

Estimular as práticas de criação literária, e construir um espaço de diálogo criativo com o livro. Visa estimular a imaginação e a criatividade, possibilitando o contato com outras práticas e ações de valorização da leitura e da criação.


Objetivos específicos:

* Estimular a imaginação e a criatividade, com ações de valorização da leitura e da criação.
* Fomentar e estimular as relações entre a escrita/narrativa e a cidade/região.
* Formar leitores críticos, mediadores e orientadores de leitura. Conscientizar os leitores acerca de uma concepção de leitura mais ampla, capaz de aprimorar sua sensibilidade.
* Estimular interações com outras diferentes linguagens artísticas, e experimentações.

Justificativa:


Em sua simplicidade, a imagem não tem necessidade de um saber. Ela é uma dádiva de uma consciência ingênua. Em sua expressão, é uma linguagem criança. Pede-se ao leitor de poemas que não encare a imagem como um objeto, muito menos como um substituto do objeto, mas capte sua realidade específica.

A imagem que a leitura do poema nos oferece torna-se nossa. Enraíza-se em nós mesmos. Nós a recebemos, mas sentimos a impressão de que teríamos podido criá-la, de que deveríamos tê-la criado. A imagem torna-se um ser novo da nossa linguagem, expressa-nos tornando-nos aquilo que ela expressa. A expressão cria o ser.

O leitor = um poeta ao nível da imagem lida.

Na leitura revivemos nossas tentações de ser poeta. Todo leitor um pouco apaixonado pela leitura alimenta e recalca, pela leitura, um desejo de ser escritor.

A alegria de ler é o reflexo da alegria de escrever, como se o leitor fosse o fantasma do escritor.

Todo bom livro, assim que terminado, deve ser relido imediatamente. Após o esboço que é a primeira leitura, vem a obra da leitura. É preciso, então conhecer o problema do autor. A segunda leitura, a terceira etc., vão nos ensinando pouco a pouco a solução desse problema.

Ações:

* Autor = Leitor, apresentação de autores que estimulem o diálogo, e construção de repertório (a desconstrução na procura da própria voz);
* “O apanhador de desperdícios” (cadernos de anotações e fatos poéticos). Para o poeta Manoel de Barros “Catar coisas inúteis garante a soberania do Ser”, ou “Em poesia que é voz de poeta, que é a voz de fazer nascimentos”, e “Só uso a palavra para compor meus silêncios”. Fica a pergunta: onde encontramos as “coisas inúteis”, e a “voz de fazer nascimentos”, ou onde encontro “meus silêncios”?
* A palavra oculta – ritmos da palavra – oralidade; qual palavra se esconde na música instrumental, ou em outro idioma. Apresentar uma série de canções que estimulam a percepção auditiva na busca/compreensão da importância do ritmo na construção de um texto poético;



Metodologia

1. Exposição teórica do conteúdo.

2. Atividades práticas de estimulação e sensibilização criativa.

3. Dinâmicas de desbloqueio individual (utilização de músicas, vídeos e textos literários) e em equipe.

4. Leituras: Claudio Willer, Cruzeiro Seixas, Herberto Helder, Floriano Martins, Manoel de Barros, Mia Couto, Murilo Mendes, Octavio Paz, Raul Bopp, Roberto Piva, Vicente Franz Cecim, Vicente Huidobro.



Projeto e Coordenação de José Geraldo Neres

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