terça-feira, 28 de novembro de 2017

Resenha Macunaímabladerunner por Laercio Silva

Márcio Barreto empreende nesta obra hibrida de poesia intitulada MACUNAÍMABLADERUNNER (Editora Imaginário Coletivo), a rememoração dos alicerces primazes do experimentalismo formal e linguístico na então denominada literatura da “diferença”, ao executar uma complexa corpora orgânica e fronteiriça ao inclassificável, fusionando-a inclusive com outras linguagens artísticas e retóricas, reiterando neste proceder um infundir hermético e sinérgico com o cinema e a música, e este diálogo é viabilizado de maneira intertextual e não meramente referencial, o que ocasiona uma suma de equipolências, aonde não há a sobressalência duma manifestação artística em detrimento doutra, este poema-partitura ou poema-operístico é apresentado ao leitor/interlocutor num ciclo dramático totalizando XII Movimentos, reconstruindo pelo viés da desconstrução multilateral o Mito como figura de construção, para além da oratória da linguagem ou da representação dialogal da dialética, o autor erigi assim, o readequar da pauta pós-moderna em sua transição categórica para o transmodernismo no deferimento de hiperconexões sensoriais, releitura contributiva e inventiva desde Mario de Andrade perpassando Gilberto Mendes ao peculiar e solúvel do caos predominante nas metrópoles, em sua projeção lírica desta nossa contemporânea sociedade multimídia. Laercio Silva - escritor e crítico literário.

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